quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Estrelas

Paro, penso, imagino
o que devo escrever pra você?
Tanta coisa dita,
tantas outras sentidas..
Tantas juras, declarações,
o que restou das emoções?
Posso dizer que ainda sinto,
teu sorriso confundido ao meu?
Meu cheiro passando a ser seu?
Teu suor virando minha saliva?
Minha boca te deixando sem saída?
Posso falar ainda,
das horas de prazer?
Dos sorrisos idiotas, das palavras sem sentido?
Posso relembrar ainda os apelidos,
que carinhosamente adotamos?
Seria demais se eu dissesse,
as inúmeras vezes que nos amamos?
Posso relembrar também,
as estrelas que juntos contamos?
Se as mesmas pudessem falar,
ajudariam-me a lembrar se de algo esqueci,
Porque elas são testemunhas
da verdade de tudo o que aqui escrevi.


04/06

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sono

São 5:30 da manhã e não posso dormir.
Te sinto invadir meu quarto escuro
e entrar em minha cama vazia. 
Te sinto sob os lençóis e sobre mim.

O gosto do teu suor volta à minha boca
e me embebeda de prazer.
Um prazer proibido, agridoce,
Quase do sabor daquelas últimas noites.
Me obriga a lembrar daquilo que finjo esquecer.
E dessa maneira os minutos vão passando,
as horas vão passando, o sono já passou.
Me pergunto se você continua dormindo,
se a tua cama também está vazia.
Devaneio.

E assim passam outros minutos, outras horas.
Finalmente a luz do dia entra pela janela
e me traz de volta à realidade.
Enche de luz meu quarto escuro mas não preenche o vazio,
Faz com que eu volte a guardar todas as lembranças,
todos os gostos, todos os sonhos.

E o que me resta?
um longo dia de sono.